Reportagem Chk Chk Chk - !!! - Em Lisboa
Que dizer senão… UAU!!!
Irreverência, energia, festa, tudo polvilhado com uma sensibilidade “kitsch”. !!! São tudo isso e muito mais.
Algo de muito excitante, ao qual não podemos ficar indiferentes, se passa no recinto, música para dançar, saltar, fazer head-banging e até uns moves da era do disco sound, tudo é permitido e tudo encaixa bem na música Rock, Pop-Punk-Dance e Electro-Funk que Nic Offer e a sua banda nos oferecem.
O recinto do Lisboa Ao Vivo, com algumas centenas de pessoas, público “crescido”, como gosto de designar as faixas etárias dos 30 aos 50 anos, vibrava e dançada com a música e as canções dos !!!.
Eu, como era a primeira vez que os via ao vivo, não conseguia deixar de pensar nos trejeitos à Mick Jagger com mistura de Jake Sheers e também no meu amigo Albano a dançar e cantar em noites animadas nas discotecas.
Chk Chk Chk iniciam a digressão europeia em Lisboa para promover o último álbum “Shake the Shudder” editado este ano. No entanto o espetáculo, não se esgotou no novo álbum e revisitou os seus antigos êxitos.
Nic Offer entra em palco vestido de forma clássico-irreverente, camisa, blazer, sapatos e… calções curtos, dança, canta e encanta. “Nic I love you” ouve-se na plateia. A resposta não se faz esperar “I love you too” diz Nick.
Nic vem acompanhado de uma “partner”, a cantora convidada Lea Lea, dona de uma boa voz e de atitude tão enérgica e irreverente quanto a de Nic, torna o espetáculo mais vibrante e mais sexy.
Nic lança beijinhos ao som sincopado da bateria, Lea Lea faz movimentos sexys nas suas danças, ambos saltam para junto da plateia e dançam com o público. Aliás, Nic faz isso mais que uma vez, como se também quisesse apreciar e sentir o espetáculo do lado da plateia. É bom tê-lo ali a dançar e a interagir com o público.
O alinhamento começa com “NRGQ” do seu mais recente álbum. Houve também lugar para “Our Love”e “The One 2” que tiveram boa receção por parte do público. O novo álbum é composto, claramente por música para dançar, que se adequa perfeitamente às suas performances ao vivo.
“Pardon My Freedom", "Freedom", "Yadnus", "One Girl/One Boy" e "Slyd" foram revisitadas. Músicas bastante apreciadas dos álbuns antigos. O público canta, dança, celebra, é um ambiente de verdadeira festa e descontração.
O baixo sujo, a guitarra frenética, a bateria sincopada, os teclados e sintetizadores, proporcionam e misturam todas as sonoridades nas batidas dançantes com laivos de Punk-Rock e umas pitadas eletrónicas que nos levam a dançar ao longo de todo o espetáculo.
Foi pouco mais de uma hora bem passada com muita energia e uma vontade imparável de dançar.
Perante a insistência do público houve ainda lugar a dois encores onde foram interpretadas as canções “Must Be the Moon” e” Heart of Hearts” do albúm “Myth Takes" de 2007. O segundo encore mereceu o desabafo brincalhão de Nic “ nós não sabemos mais canções”.
O concerto cumpre todas as expectativas e até as excede para quem nunca viu !!! ao vivo. Os músicos são bons, o vocalista é um mestre-de-cerimónias exímio, a convidada incrementou o espetáculo de talento e entusiasmo e o público correspondem.
Uma festa! Uma noite bem passada, num espaço com um certo misticismo. Lisboa Ao Vivo é sem dúvida um local que vale a pena visitar e frequentar.
- terça-feira, 02 janeiro 2018